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domingo, 22 de janeiro de 2017

CARNAVALIZANDO: Com aval da Igreja, Nossa Senhora vira samba-enredo

Foto: Google Imagens/Reprodução
Do DIARIO DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

A imagem de Nossa Senhora Aparecida vai desfilar no sambódromo de São Paulo no samba-enredo da escola Unidos de Vila Maria com a bênção da Igreja Católica. Será um desfile bem comportado, sem a exibição de cenas de nudismo nem insinuações eróticas, como pediram bispos e padres, prontamente atendidos pelos carnavalescos. A ala das baianas mostrará mulheres com fantasias da Padroeira do Brasil, uma Nossa Senhora Aparecida estilizada, atendendo a outro compromisso, o de não apresentar o fac-símile da santa pescada nas águas do Rio Paraíba. Não haverá também alusões a sincretismo religioso, como estatuetas de Iemanjá ou outros ícones de crenças da devoção popular.

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Nada de censura, só o cuidado de evitar imprecisões no texto ou caricaturas na passarela que pudessem criar constrangimentos e irritações. Alguma coisa, por exemplo, que lembrasse o incidente do carnaval de 1989 no Rio, quando o cardeal Eugênio Sales proibiu o Cristo Redentor na avenida e o carnavalesco Joãozinho Trinta deu a volta por cima, cobrindo a estátua com um pano preto, em inconformado sinal de protesto. "Nossa intenção era evitar qualquer choque com os católicos", disse Marcelo Müller, diretor da Vila Maria responsável pelo levantamento histórico dos 300 anos de Nossa Senhora Aparecida, da pesca da imagem negra às comemorações neste ano do terceiro centenário. 

"Fizemos o que o papa Francisco está pedindo, estamos evangelizando", afirmou Sidnei França, o carnavalesco que, com base nos arquivos do Santuário de Aparecida, projetou os carros alegóricos e as fantasias, vendidas a R$ 400 e a R$ 450, para cerca de 3,5 mil figurantes. Artesãos, costureiras e escultores, 300 na quadra da escola no Jardim Novo Mundo e 50 no galpão da Fábrica do Samba, na Barra Funda, trabalham na confecção das alegorias. Algumas costureiras da quadra e os escultores comandados pelo diretor artístico Dalmo de Moraes, na Barra Funda, vieram de Parintins, no Amazonas.

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