Especial para o blog
Então, uma de minhas leitoras acabou me pedindo uma pauta sobre os filmes da trilogia 50 Tons, baseados na obra da escritora britânica Erika Leonard James. Os romances Cinquenta Tons de Cinza, Cinquenta Tons Mais Escuros e Cinquenta Tons de Liberdade, compõem a estréia da romancista no mercado editorial. Ex-executiva da TV de Londres, a autora é casada com um roteirista e sempre sonhou escrever histórias. Uma coisa interessante sobre esta trilogia, é que ela é baseada nos filmes da Saga Crepúsculo.
É, isso mesmo que você leu!
Erika, originalmente começa a contar essa história por meio de uma Fanfiction*, onde os nomes dos protagonistas levavam os mesmos nomes dos protagonistas dos livros e filmes da Saga: Bella e Edward. Porém, a história tinha uma leitura tão envolvente e uma adaptação tão peculiar, que, as leitoras da história começaram o propor que E. L. James (como assina seus livros) transformasse a história em algo original. E assim, nasceram Anastasia e Christian Grey.
Bem, agora que vocês estão introduzidos no contexto do início desta história, vamos ao que nos interessa.
LIVROS X FILMES
A indústria cinematográfica vem dando cada vez mais espaço para o mercado editorial em suas produções, não é incomum, na atualidade, nós vermos cada vez mais filmes baseados em obras literárias. Considerando isto, surge uma discussão bastante atual e que já rende muito assunto nas rodas de debates entre amigos por aí: O que seria melhor: o livro ou o filme?
É quase impossível para qualquer adaptação manter toda a essência e informação da original. Há livros maravilhosos com filmes que não conseguem retratar toda a emoção que tivemos ao lê-los e há livros horrendos, que recebem um verdadeiro UP! com suas produções para o cinema. Verdade seja dita, eu encontro mais exemplos da primeira situação. Até por que, um livro, com uma mesma história, pode tocar pessoas de diferentes lugares de diferentes formas, mas todas de maneira isolada, na privacidade de suas leituras e interpretações, quando você pega algo tão pessoal assim e coloca em um ambiente coletivo, para uma leitura coletiva (cinema) que se divide em "quem já leu o livro ou não", a coisa fica mais difícil de agradar a todos.
Isso não muda com a trilogia da James. Na verdade, a coisa fica tão ruim, que ela decide assumir as rédeas até da produção dos cinemas, apelando para o marido (roteirista, como já falei) após o fiasco que ela julgou ser a primeira adaptação. Então, já no segundo filme, autora e marido ficam em cima da produção, que resultou em algo melhor, segundo os fãs, tanto do livro quando do filme.
Daí vem a continuação, Cinquenta Tons Mais Escuros e quem leu acha que ficou muito melhor e está louco para ver o fim. Quem foi conferir o segundo sem ter lido vai gostar ainda mais e vai ficar louco, maluco para ver o terceiro. E é aí que vem a bomba: Quem leu o terceiro livro, e ainda digo mais, sabe exatamente o foco narrativo do romance, saiu feliz. Mas quem foi pro cinema e chegou no terceiro filme sem ter lido nenhum livro da trilogia, saiu muito arretado com o terceiro filme. E por quê? Bem, mesmo que não pareça, a trilogia é um romance, mas se você direciona o foco no lugar errado, você acha que está indo ver pornô. Um pornô que tem autorização de passar numa tela de cinema, mas um pornô. E é aí que você quebra a cara feio.
CONHECENDO A HISTÓRIA
Cinquenta Tons de Cinza (Fifty Shades Of Grey), foi lançado no Brasil pela Editora Intrinseca em 2011, o filme, com mesmo título, foi lançado em fevereiro de 2015. Basicamente, Ana, como prefere ser chamada, é uma estudante de Literatura prestes a se formar, que, ao ir ajudar uma colega de curso, substituindo-a em uma entrevista, acaba conhecendo o empresário, jovem e milionário, Christian Grey. Ela de cara se vê envolvida pelo homem enigmático e sisudo, mas mortalmente atraente, em sua frente e ambos se envolvem um com o outro. O problema é que Christian mantém relacionamentos com mulheres de uma maneira peculiar, digamos assim. E o desafio da mocinha da história está em: resistir a toda loucura da relação ou se entregar aos desejos que ela mesma não sabia que possuía.
Cinquenta Tons Mais Escuros (Fifty Shades Darker), foi lançado em 2012 (livro) e 2017 (cinema) no Brasil. Nesta sequência, Ana e Christian continuam tentando romper os desafios de sua relação não convencional, só que agora há outros desafios, ex-namoradas perigosas e suicidas, chefes de trabalho abusivos e uma ex que ainda mantém certa influência na vida de Christian, o que acaba incomodando muito Ana. Mas, aparentemente o mocinho está disposto a ceder e tentar ser feliz com sua garota.
Cinquenta Tons de Liberdade (Fifty Shades Freed), encerra a trilogia em 2012 (livro) e agora em 2018 (cinema), basicamente mostrando o final de conto de fadas para os mocinhos. Que depois de vencerem todos os problemas de Christian com seu passado, infância de abusos e vida em lares adotivos, assim como se livrar das pessoas que insistiam em separá-los, o fim é quase coisa da Disney. Eu não posso falar tanto aqui, para evitar spoilers, tanto do livro quanto do filme, então, é só lendo ou vendo para conferir.
O primeiro filme está disponível na Netflix, o segundo apenas em DVD e o terceiro está em cartaz atualmente no cinema. As obras, no entanto, estão todas disponíveis desde 2012. Agora vocês decidem: ler o livro primeiro ou ver direto o filme? A única recomendação é, se for ver o filme antes de ler, ou se nunca perderia tempo lendo: não espere um pornô, é romance. E se você for querer ler antes de ver o filme: não desista depois do primeiro filme, continue até o fim da saga por que melhora, muito.
Vou ficando por aqui esta semana.
Confira os trailer dos filmes:
Cinquenta Tons de Cinza (https://www.youtube.com/watch?v=G9dtQXqPFuE)
Cinquenta Tons Mais Escuros (https://www.youtube.com/watch?v=iQp1_pGnu74)
Cinquenta Tons de Liberdade (https://www.youtube.com/watch?v=yVYqTnXuRPw&t=49s)
Estréias da semana:
A Grande Jogada (Molly’s Game). (https://www.youtube.com/watch?v=v_XQPISlBz4)
Pequena Grande Vida (Downsizing). (https://www.youtube.com/watch?v=EKD_bvu_D9w)
Trama Fantasma (Phantom Thread). (https://www.youtube.com/watch?v=i4GjaTnbhiY)
*Fanfiction é uma ficção feita por um fã, baseada em uma obra que já exista: filme, livro, novela, série, etc. Nela, os fãs adaptam as narrativas conforme o que eles queriam que realmente acontecesse, ou fazendo uma releitura adaptando, por exemplo, um texto de época para os dias atuais.
*MAIARA LIMA é estudante de Letras da UFPE, professora de Língua Portuguesa e Espanhola, Redação e Literatura e completamente apaixonada por Cinema e Literatura Comparada. Ela escreve todas as sextas-feiras aqui para o Blog MAIS CASINHAS. Contato: may.borgesl2@gmail.com
Então, uma de minhas leitoras acabou me pedindo uma pauta sobre os filmes da trilogia 50 Tons, baseados na obra da escritora britânica Erika Leonard James. Os romances Cinquenta Tons de Cinza, Cinquenta Tons Mais Escuros e Cinquenta Tons de Liberdade, compõem a estréia da romancista no mercado editorial. Ex-executiva da TV de Londres, a autora é casada com um roteirista e sempre sonhou escrever histórias. Uma coisa interessante sobre esta trilogia, é que ela é baseada nos filmes da Saga Crepúsculo.
É, isso mesmo que você leu!
Erika, originalmente começa a contar essa história por meio de uma Fanfiction*, onde os nomes dos protagonistas levavam os mesmos nomes dos protagonistas dos livros e filmes da Saga: Bella e Edward. Porém, a história tinha uma leitura tão envolvente e uma adaptação tão peculiar, que, as leitoras da história começaram o propor que E. L. James (como assina seus livros) transformasse a história em algo original. E assim, nasceram Anastasia e Christian Grey.
Bem, agora que vocês estão introduzidos no contexto do início desta história, vamos ao que nos interessa.
LIVROS X FILMES
A indústria cinematográfica vem dando cada vez mais espaço para o mercado editorial em suas produções, não é incomum, na atualidade, nós vermos cada vez mais filmes baseados em obras literárias. Considerando isto, surge uma discussão bastante atual e que já rende muito assunto nas rodas de debates entre amigos por aí: O que seria melhor: o livro ou o filme?
É quase impossível para qualquer adaptação manter toda a essência e informação da original. Há livros maravilhosos com filmes que não conseguem retratar toda a emoção que tivemos ao lê-los e há livros horrendos, que recebem um verdadeiro UP! com suas produções para o cinema. Verdade seja dita, eu encontro mais exemplos da primeira situação. Até por que, um livro, com uma mesma história, pode tocar pessoas de diferentes lugares de diferentes formas, mas todas de maneira isolada, na privacidade de suas leituras e interpretações, quando você pega algo tão pessoal assim e coloca em um ambiente coletivo, para uma leitura coletiva (cinema) que se divide em "quem já leu o livro ou não", a coisa fica mais difícil de agradar a todos.
Isso não muda com a trilogia da James. Na verdade, a coisa fica tão ruim, que ela decide assumir as rédeas até da produção dos cinemas, apelando para o marido (roteirista, como já falei) após o fiasco que ela julgou ser a primeira adaptação. Então, já no segundo filme, autora e marido ficam em cima da produção, que resultou em algo melhor, segundo os fãs, tanto do livro quando do filme.
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| Imagem: Google Imagens/Reprodução |
E então, eu entro no meu segundo ponto da guerra entre livro e filme: Os fãs dos livros são diferentes dos fãs dos filmes. Quem lê o livro vai pra sala de cinema sabendo o que vai ver e esperando que não fique muito diferente, quem vai ver o filme gosta ou não do que vê lá. Se você leu o livro de Cinquenta Tons de Cinza, você o odiou o filme tanto quanto a autora, ou não. Se você não leu, você não faz ideia do que está acontecendo, mas gostou do fim, e está maluquinho de curiosidade de ver o que vai acontecer depois. E se nunca leu nem viu, depois deste texto pode querer ler e/ou ver.
Daí vem a continuação, Cinquenta Tons Mais Escuros e quem leu acha que ficou muito melhor e está louco para ver o fim. Quem foi conferir o segundo sem ter lido vai gostar ainda mais e vai ficar louco, maluco para ver o terceiro. E é aí que vem a bomba: Quem leu o terceiro livro, e ainda digo mais, sabe exatamente o foco narrativo do romance, saiu feliz. Mas quem foi pro cinema e chegou no terceiro filme sem ter lido nenhum livro da trilogia, saiu muito arretado com o terceiro filme. E por quê? Bem, mesmo que não pareça, a trilogia é um romance, mas se você direciona o foco no lugar errado, você acha que está indo ver pornô. Um pornô que tem autorização de passar numa tela de cinema, mas um pornô. E é aí que você quebra a cara feio.
CONHECENDO A HISTÓRIA
Cinquenta Tons de Cinza (Fifty Shades Of Grey), foi lançado no Brasil pela Editora Intrinseca em 2011, o filme, com mesmo título, foi lançado em fevereiro de 2015. Basicamente, Ana, como prefere ser chamada, é uma estudante de Literatura prestes a se formar, que, ao ir ajudar uma colega de curso, substituindo-a em uma entrevista, acaba conhecendo o empresário, jovem e milionário, Christian Grey. Ela de cara se vê envolvida pelo homem enigmático e sisudo, mas mortalmente atraente, em sua frente e ambos se envolvem um com o outro. O problema é que Christian mantém relacionamentos com mulheres de uma maneira peculiar, digamos assim. E o desafio da mocinha da história está em: resistir a toda loucura da relação ou se entregar aos desejos que ela mesma não sabia que possuía.
Cinquenta Tons Mais Escuros (Fifty Shades Darker), foi lançado em 2012 (livro) e 2017 (cinema) no Brasil. Nesta sequência, Ana e Christian continuam tentando romper os desafios de sua relação não convencional, só que agora há outros desafios, ex-namoradas perigosas e suicidas, chefes de trabalho abusivos e uma ex que ainda mantém certa influência na vida de Christian, o que acaba incomodando muito Ana. Mas, aparentemente o mocinho está disposto a ceder e tentar ser feliz com sua garota.
Cinquenta Tons de Liberdade (Fifty Shades Freed), encerra a trilogia em 2012 (livro) e agora em 2018 (cinema), basicamente mostrando o final de conto de fadas para os mocinhos. Que depois de vencerem todos os problemas de Christian com seu passado, infância de abusos e vida em lares adotivos, assim como se livrar das pessoas que insistiam em separá-los, o fim é quase coisa da Disney. Eu não posso falar tanto aqui, para evitar spoilers, tanto do livro quanto do filme, então, é só lendo ou vendo para conferir.
O primeiro filme está disponível na Netflix, o segundo apenas em DVD e o terceiro está em cartaz atualmente no cinema. As obras, no entanto, estão todas disponíveis desde 2012. Agora vocês decidem: ler o livro primeiro ou ver direto o filme? A única recomendação é, se for ver o filme antes de ler, ou se nunca perderia tempo lendo: não espere um pornô, é romance. E se você for querer ler antes de ver o filme: não desista depois do primeiro filme, continue até o fim da saga por que melhora, muito.
Vou ficando por aqui esta semana.
Confira os trailer dos filmes:
Cinquenta Tons de Cinza (https://www.youtube.com/watch?v=G9dtQXqPFuE)
Cinquenta Tons Mais Escuros (https://www.youtube.com/watch?v=iQp1_pGnu74)
Cinquenta Tons de Liberdade (https://www.youtube.com/watch?v=yVYqTnXuRPw&t=49s)
Estréias da semana:
A Grande Jogada (Molly’s Game). (https://www.youtube.com/watch?v=v_XQPISlBz4)
Pequena Grande Vida (Downsizing). (https://www.youtube.com/watch?v=EKD_bvu_D9w)
Trama Fantasma (Phantom Thread). (https://www.youtube.com/watch?v=i4GjaTnbhiY)
*Fanfiction é uma ficção feita por um fã, baseada em uma obra que já exista: filme, livro, novela, série, etc. Nela, os fãs adaptam as narrativas conforme o que eles queriam que realmente acontecesse, ou fazendo uma releitura adaptando, por exemplo, um texto de época para os dias atuais.
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